A hidrologia é uma ciência que se desenvolve em diferentes escopos de pesquisa e por isso ela é considerada um campo amplo de estudo. Para a execução de um projeto nessa área é necessário ponderar sobre a necessidade de coleta de muitos dados, estes são obtidos, por exemplo, junto aos órgãos oficiais de monitoramento e ou a partir de estudos já desenvolvidos. Com estes em mãos é possível criar uma discussão aprofundada sobre os fatores climáticos, pluviométricos, fluviométricos e geomorfológicos da região designada (ISF-208: Estudos hidrológicos, 2015; PAZ, 2004)
Os parâmetros básicos a serem considerados durante a execução de um estudo desse caráter compreendem características climáticas, como precipitação e parâmetros do escoamento, como descargas líquidas e sólidas. Além disso, há a atuação de parâmetros considerados secundários, como as radiações solares, temperaturas, umidade do ar, vento, qualidade e nível da água e dos sedimentos transportados, características da rede de drenagem e aspectos relacionados a reservatórios naturais e artificiais (HARTWIG, 2012)
Outro aspecto importante são as características do meio receptor, tais como a geologia, topografia, solos, vegetação e urbanização da área. A coleta desses elementos permite a definição das dimensões e outras demais características físicas de contribuição no que diz respeito a forma, declividade, tipo de solo, recobrimento vegetal, entre outros aspectos (HARTWIG, 2012; ISF-208: Estudos hidrológicos, 2015).
Porém, somente medir os parâmetros não é suficiente, é necessário também validá-los a partir de seu processamento e correção, a fim de gerar resultados que correspondam a informações representativas para determinada região em um dado instante. A variável tempo, aqui presente, é dominante para os parâmetros da hidrologia já que muitos deles compreendem sistemas dinâmicos, sendo assim, a representação dos dados deve respeitar a dimensão mais adequada para cada parâmetro (HARTWIG, 2012).
No caso de dados pluviométricos as representações são, por exemplo, feitas a partir de mapas que destacam a rede hidrográfica básica, além da localização dos postos de coleta com a indicação do órgão responsável e os respectivos períodos de observação. Os dados obtidos também podem resultar em curvas de intensidade e altura, histogramas de precipitações e das distribuições dos números de dias de chuva mínimos, médios e máximos (HARTWIG, 2012). Já no caso de dados fluviométricos ocorrer a elaboração de tabelas contendo os valores das vazões médias diárias ou das máximas observadas para a região analisada (ISF-208: Estudos hidrológicos, 2015).
Os estudos hidrológicos também requerem a identificação e projeção de possíveis modificações a longo prazo tais como os planos diretores e tendências de ocupação (ISF-208: Estudos hidrológicos, 2015). Durante a execução de um projeto esses requisitos só são atendidos através de um amplo conhecimento dos métodos de aquisição, dos aparelhos utilizados e das geografias de análise.
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[Referências]
ISF-208-Estudos Hidrológicos. Disponível em:<https://www.gov.br/dnit/pt-br/ferrovias/ instrucoes-e-procedimentos/instrucoes-de-servicos-ferroviarios/isf-208-estudos-hidrolo gicos.pdf>. Acesso em 26 mai. 2021.
Hidrologia aplicada. Disponível em:<http://www.ct.ufpb.br/~adrianorpaz/artigos/apostil a_HIDROLOGIA_APLICADA_UERGS.pdf>. Acesso em 26 mai. 2021.
Hidrologia. Disponível em: http://tics.ifsul.edu.br/matriz/conteudo/disciplinas/_pdf/hidr.p df. Acesso em: 28 mai. 2021.
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